"Disciplina orçamental é um meio, não um fim", alerta Cavaco

Presidente da República deixa recado ao Governo e pede "boa execução" dos fundos europeus para que os cidadãos percebam que o seu objetivo "visa o crescimento económico e o emprego".
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"A disciplina orçamental não é, em si mesma, um objetivo da política económica. Pertence ao domínio dos instrumentos e importa evitar que se transforme, aos olhos dos cidadãos, em restrição que tudo absorve e condiciona. A disciplina orçamental é um meio, não um fim." Foi desta forma que o Presidente da República deixou, perante vários ministros presentes esta sexta-feira na conferência "Portugal, rumo ao crescimento e emprego. Fundos e programas europeus: solidariedade ao serviço da economia portuguesa", um recado claro ao Governo em relação às políticas de austeridade.

Cavaco Silva, que intervinha na sessão de abertura do evento que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, alertou por isso para a importância da "boa execução do Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020", sublinhando ver nele "uma boa oportunidade para que os cidadãos europeus ganhem a perceção de que as regras de disciplina orçamental e de supervisão das políticas económicas visam, acima de tudo, garantir o crescimento económico e o emprego [em] condições mais sustentáveis".

A ouvir o Chefe do Estado estavam, para além dos comissários europeus que acompanharam Durão Barroso, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, os ministros Pires de Lima, Nuno Crato, Poiares Maduro e Aguiar-Branco, bem como o secretário de Estado Carlos Moedas.

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